No Cabo, Vila Nova Claudete recebe ato dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher

A ação é realizada pelo Centro das Mulheres do Cabo, em parceria com o COMFEM e a Articulação das Mulheres da Mata Sul
Na tarde última segunda-feira (23), a Vila Nova Claudete, localizada na periferia do Cabo de Santo Agostinho, foi palco do ato em alusão aos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher que contou com a participação de moradoras da localidade, representantes da Associação Mulheres em Ação e a equipe do Centro das Mulheres do Cabo (CMC).
A presidenta geral da Associação Mulheres em Ação (AMA), Andreza Romano, denunciou os diversos tipos de violências cometidas contra as mulheres na recém comunidade que conta com 2.600 residências entregues há cerca de um ano atrás. “A falta de emprego, de vagas nas escolas públicas é uma violência contra a mulher, o armário vazio também é uma violência, porque tudo que agride nossos filhos e nossa família é uma forma de violência contra a mulher. Hoje, estamos aqui, para combater a violência física e os maus tratos na nossa comunidade, pois não vão vamos nos calar, e estamos nessa ação para dizer que não estamos só”, afirmou a presidenta da AMA.
Quem também denunciou os altos índices de violência sexual na comunidade foi Cláudia Silva do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). “Eu tenho direito de ir e vir, porque esse é um direito constitucional e não podemos admitir o desrespeito do marido, filho, vizinho e temos que dizer não a violência contra a mulher! Nós temos o direito de usar as roupas que quisermos. Aqui, somos esquecidas pela falta de políticas públicas, porque o Cras, o posto de saúde e a escola não funcionam, e isso é um desrespeito contra nós mulheres”, disse revoltada a liderança.
Para a coordenadora geral do CMC, Nivete Azevedo, os alarmantes números de estupros e a violência de gênero, na Vila Claudete, é um exemplo de que o machismo impera nas estruturas sociais. “A nossa luta é por respeito e por isso, estamos aqui, vocês estão há pouco tempo nessa comunidade e estão passando por situações que ameaçam a vida e a integridade física e a moral de meninas, jovens e mulheres. Mas saibam que vocês não estão sozinhas, porque existe a Lei Maria da Penha que é uma conquista para todas as mulheres que estão passando por situação de violência. Temos que denunciar cada vez mais e ser solidárias as vizinhas, amigas e parentes que estejam passando por essa situação”, alertou Nivete.
Vale ressaltar, que no ato, foi distribuída a cartilha sobre a Lei Maria da Penha, que foi entregue aos moradores. A ação foi realizada pelo CMC e integra a Campanha dos 16 Motivos para Enfrentar a Violência contra a Mulher, em parceria com o Comitê de Monitoramento da Violência e do Feminicídio no Território Estratégico de Suape (COMFEM), tendo o apoio da Articulação das Mulheres da Mata Sul.
O próximo ato vai acontecer no dia (25/11), na cidade de Ipojuca, sendo apoiado pela Secretaria Executiva da Mulher do município. Também estão programadas as ações nas cidades de Rio Formoso (26/11), Ribeirão (27/11), Água Preta (28/11), Joaquim Nabuco (30/11), Jaboatão dos Guararapes (30/11), Catende (02/12), Escada (02/12), Sirinhaém (07/12) e Palmares (10/12).
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Da Assessoria de Comunicação do CMC.